Preciosidades

sexta-feira, 23 de março de 2012

Em busca de uma velhice saudável.

Dave Brubeck (músico) - 90 anos
Por Ramiro R. Batista.

Você já se imaginou “velho”, ou idoso, como queira? O que você irá fazer quando estiver bem velhinho? Hoje é muito comum vermos pessoas idosas numa rotina que se resume a dormir cedo, acordar cedo, ir à missa aos domingos, ou se possível todos os dias, ou assistir missa na tevê (uma atrás da outra), e, quando os idosos ouvem música, ah!, “não, mais baixinho, ‘tá muito alta!”, numa suposta “boa” tranqüilidade. 

No entanto, isso é tudo o que não se deve fazer numa velhice saudável. O cérebro precisa de estímulo contínuo, desafios, e, quanto maior for este desafio, melhor. Dentre as várias atividades intelectuais que devemos manter está a de ouvir música. Mas é a nossa relação com a música que faz a diferença. A música tem um importante papel na “prevenção” de doenças comuns na velhice, como a senilidade, a demência; e, principalmente, o Mal de Alzheimer. O Mal de Alzheimer ainda é uma doença incurável, mas podemos retardá-lo e, por que não?, evitá-lo. 

Com relação à música, como terapia preventiva, nós devemos ouvir mais músicas, de todos o tipo, cantá-las, memorizar a letra, e procurar lembrar das músicas antigas da infância ou juventude, forçando o cérebro a recordar. As lembranças de um determinado assunto estão espalhadas pelo cérebro em determinados feixes de neurônios. Ao lembrarmos, forçamos estes vários feixes a se conectar, criando novas ligações sinápticas.

E o melhor, se possível, é aprender a tocar um instrumento musical. Aprender a ler uma partitura é como aprender um novo idioma. Um desafio e tanto para o cérebro. Se uma pessoa é capaz, todas são. Apenas uma em cada 100 pessoas é superdotada em música e nasce com o dom, ou tem o ouvido absoluto. E muitas pesquisas mostraram que o homem comum é capaz de se tornar um especialista em música só com “disciplina” e treino, muito treino. Qualquer pessoa pode se tornar um profissional de música, com 10 mil horas de estudo, ou seja, 3 horas por dia durante 10 anos. Difícil? Sim, mas não impossível.

Fonte de inspiração “A música no seu cérebro”, de Daniel Levitin.

Ramiro R. Batista é músico amador, toca clarinete e saxofone.

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Oscar Niemeyer (arquiteto - 104 anos)

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